Resenha | Os Últimos Jovens da Terra Vol. 3

Resenha | Os Últimos Jovens da Terra Vol. 3 – O Rei dos Pesadelos

Os Últimos Jovens da Terra é uma daquelas séries de livros que não tem como dar errado: mistura apocalipse zumbi, ação constante, muito humor e tiradinhas com cultura pop e um elenco jovem, cativante e que é impossível não se ver nos gestos, olhares, frases e ações dos quatro integrantes dessa divertida série.

Neste terceiro volume, O Rei dos Pesadelos, nos leva mais uma vez para um mundo devastado, cheio de zumbis e monstros, onde sobreviver é apenas parte da diversão.

capa do livro Os Últimos Jovens da Terra Vol. 3 – O Rei dos Pesadelos Novamente ao lado do impagável quarteto Jack Sullivan, Quint Baker, June Del Toro e Dirk Savage o leitor vai encontrar o grupo, para variar, curtindo um pouco o status não terem nenhum adulto por perto para inventarem formas malucas de se divertir a cada instante.

dessa vez o grupo conta com a companhia de vários monstros caçadores de criaturas vindos da dimensão que invadia a nossa causando o apocalipse dos monstros e zumbis.

Após os acontecimentos do segundo livro, A Marcha dos Zumbis, nossos jovens aventureiros começam a entender parte da tragédia que se abateu sobre nós com a ajuda dos caçadores e, temporariamente conseguem impedir um mal ainda maior de chegar até nosso mundo.

Cheios de novas bugigangas, armas e ideias insanas, a trupe de Jack Sullivan começa a se aventurar por novas partes do mapa da pequena cidade de Wakefield, o que, com certeza, lembrará muitos leitores da dinâmica dos games nos quais o jogador só tem acesso a certas partes do mapa a partir do desbloqueio de novas habilidades ou acessórios que os permitam avançar nas fases.

Mais uma vez a dupla Max Brallier (autor) e Thomas Holgate (ilustrador) sabem fazer mais do que o necessário para dialogar com os jovens leitores, reforçando ainda mais a ideia de que sua obra é uma feliz mistura de The Walking Dead, Mad Max, Ash VS Evildead, Pokemon, Diário de um banana e Curtindo a vida adoidado para garotos e garotas de 13 anos… o para velhos adultos com espírito de adolescentes de 13 anos. Por que não?

Diante dos novos desafios da vez, a trama deste terceiro volume nos revela não só novas localidades do mapa de Wakefield, mas também novos e poderosos monstros capazes de desestabilizar até mesmo a união e amizade do grupo de Jack.

Ao se deparar com o imenso Rei Monstro Alado, Jack tem estranhas visões do que pode ser seu futuro se fizer as escolhas erradas, o que pode colocar não só seus amigos em risco, mas tudo que ainda resta de nosso já devastado mundo.

Com combates frenéticos, muita correria para todos os lados, Brallier faz desse terceiro volume algo bem parecido com o anterior, inclusive em sua principal engrenagem de movimentação: Jack me pareceu seguir muito dos passos que dei e decisões que tomou em A Marcha dos Zumbis.

Nada muito comprometedor, mas achei que dessa vez Brallier levou a sério demais a máxima de que “em time que se está ganhando não se mexe”.

As poucas falhas desse volume são exatamente as mesmas do anterior e acredito que o grande cerne da amizade construída ao longo do primeiro livro, 4 contra o Apocalipse, e solidificada nas dificuldades do segundo, já deveriam ser suficientes para certas dinâmicas entre Jack e seus amigos não precisarem ser mais elencadas neste terceiro livro.

Talvez seja só uma implicância de um velho adulto querendo ver algo mais progressivo em Jack, achei que Brallier deu uma leve ignorada na evolução que deu ao seu protagonista para frear um pouco avanço de sua saga. Mas nada que comprometa o fator diversão, já que há diversos elementos ao longo da obra toda.

Cheio de pequenas missões que formam um objetivo maior, muitas invenções malucas, trabalho cooperativo, cada personagem potencializando suas habilidades para atingir objetivos diversos, aprendizado individual e coletivo, crescimento pessoal, trabalho em equipe, monstros gigantescos saindo de locais improváveis e ilustrações que dão toda a direção de uma estética entre animação, HQs e games, O Rei dos Pesadelos tem tudo para cimentar ainda mais o caminho de Os Últimos Jovens da Terra como a saga perfeita para os jovens leitores antenados com a cultura pop em geral, ansiosos por novidades e que buscam em tudo que consomem esse frenesi da mistura maluca do mundo multimídia, que existe tanto na versão física quanto na digital (lembre-se, os livros tem sua versão animada na Netflix).

Se aqueles ávidos e inquietos jovens aí da sua casa, aquela sobrinha, priminha, filho dos melhores amigos, afilhados, irmãozinhos, os amigos e amigas dos seus filhos estão em busca de novas aventuras e novos amigos, então está aqui a opção perfeita para eles; a Faro Editorial já está com o quinto volume da saga no formo, se por aí o tédio bateu e não há nada pra fazer, isso pode ser facilmente resolvido…

O que não falta e diversão ali pelas bandas de Wakefield.

O Rei dos Pesadelos | Sinopse

Neste terceiro livro da série de sucesso da Netflix, Jack e seus três melhores amigos acreditam que são os únicos seres humanos que sobreviveram ao apocalipse dos monstros, mas algo que está prestes a acontecer irá surpreendê-los.

Jack Sullivan era um menino normal: treze anos, vivendo uma vida comum em uma cidade desinteressante. Jack nunca foi um herói, nem durão e com certeza não lutava contra monstros gigantes. Mas agora ele enfrenta feras terríveis e zumbis assustadores… a vida se tornou uma loucura!

Contando com muitas ilustrações, o livro tem sido chamado da mistura perfeita entre Diário de um banana e The walking dead.

O Rei dos Pesadelos | Sobre os autores

Max Brallier é autor de mais de vinte livros infantis e adultos e é designer de jogos. É o criador de Galactic Hot Dogs, uma série da web em andamento voltada para o ensino.

Douglas Holgate é um artista e ilustrador freelancer de quadrinhos, baseado em Melbourne na Austrália, há mais de 10 anos. Com trabalhos para a Image, Dynamite, Abrams e Penguin Randon House.