2017 E OS FILMES DE SUPER-HERÓIS | TODAS AS EXPECTATIVAS PARA O QUE VEM POR AÍ

Depois de um ano movimentado para a indústria dos filmes de super-heróis, como 2016 foi, as coisas só tendem a melhorar para as adaptações dos quadrinhos mais populares de todos os tempos.

E em 2017, toda essa febre continua: teremos mais 6 filmes baseados em quadrinhos de super-heróis. O bicho vai pegar de novo.

E nesse ano vamos ter de tudo! Continuações de franquias, primeiro filme solo da maior heroína de todos os tempos, o retorno oficial de um filho pra casa, a despedida de uma era, e claro, uma esperada reunião de titãs.

E aí, fica todo mundo se perguntando: o que será que vão fazer nesse filme? O que vai dar certo? O que pode dar errado?

Aqui, tudo vai ser jogado na mesa. Preparem-se: o que os filmes de super-heróis de 2017 nos reservam?

P.S.: antes de começar, vale lembrar que podem rolar uns SPOILERS aí no meio, então, se vocês não acompanharam todos os filmes de super-heróis até 2016, entrem por sua conta e risco.

LOGAN

(Logan, 2017. Direção: James Mangold. Roteiro: Michael Green, Scott Frank e James Mangold. Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Richard E. Grant, Boyd Holbrook, Stephen Merchant, Dafne Keen. Estreia: 2 de março.)

A primeira estreia do ano é o terceiro filme solo do Wolverine, o mutante mais famoso dos X-Men no cinema, interpretado desde o primeiro filme dos mutantes, de 2000, por Hugh Jackman. Mas, esse aqui é especificamente deprimente: é o último filme de Jackman interpretando o Carcaju.

O anúncio feito em 2015, pelo próprio ator, de que Logan seria o último filme dele como Wolverine, chocou o mundo e deixou todo mundo já saudoso com a despedida de Jackman. E como se não bastasse, os fãs ficaram ainda mais ansiosos quando foi anunciada a saga a ser adaptada no filme: Velho Logan.

Já tivemos imagens reveladas, já tivemos trailer liberado (com Johnny Cash cantando Hurt pra gente), e já descobrimos algumas coisinhas sobre esse novo capítulo da franquia X-Men.

No elenco, teremos Patrick Stewart de volta, interpretando um Professor Xavier afetado pela Alzheimer, e sob os cuidados de Logan, que está envelhecido, aposentado e com seu fator de cura bem ineficiente. O mutante Caliban, interpretado por Stephen Merchant, também está cuidando do velho Charles, junto com Logan.

A surpresa do filme, no entanto, está em Laura Kinney, interpretada pela jovem Dafne Keen. Segundo as palavras de Xavier de que ela “se parece muito” com Logan, especula-se que ela seja a X-23, o clone de Logan que eventualmente assume o manto de Wolverine.

E além disso, ela desencadeia todo o desenvolvimento do filme, sendo caçada pelos Carniceiros, liderados por Donald Pierce, trazido à vida por Boyd Holbrook. Vale lembrar, ainda, que os Carniceiros trabalham para o projeto Transigen, coordenado pela famosa Corporação Essex (já apresentada na cena pós-créditos de X-Men: Apocalipse), comandada (obviamente) por Nathaniel Essex, o que pode indicar: Sr. Sinistro nos cinemas!

Já deu pra sacar que tem um overload de referências e afins, só com o que sabemos até agora dessa aventura solo do Wolverine.

O QUE PODE DAR CERTO: 

Hugh Jackman interpretou Wolverine por 17 anos. E é o último filme dele como o personagem. Só isso já é suficiente pro filme dar certo: a despedida deve ser digna. Mas ainda tem mais: graças ao sucesso de Deadpool, Logan seguirá a mesma linha de raciocínio e também será um filme para maiores, com classificação etária de 18 anos nos EUA. Ou seja, terá muita violência, do jeito que o Wolverine gosta.

Além disso, com Patrick Stewart de novo como o professor Xavier, e todo o elenco que promete funcionar bem nesse filme, tudo nos leva a crer que essa é a obra-prima dos filmes de super-heróis da Fox.

O QUE PODE DAR ERRADO:

É a Fox. Ela tem um histórico de não acertar nas suas produções de super-heróis (vide todos os filmes do Quarteto Fantástico, especialmente o de 2015), ou então, perder a linha nas que estava acertando (levando em conta o decepcionante X-Men: Apocalipse).

Não seria uma surpresa se, mais uma vez, a Fox acabasse com as nossas expectativas e tornasse o trailer (bem) melhor que o filme em si. Vamos torcer para que isso não aconteça, afinal de contas, a despedida de Jackman não merece entrar pro limbo de erros dessa gigante do cinema.

GUARDIÕES DA GALÁXIA VOL. 2

(Guardians of the Galaxy Vol. 2, 2017. Direção e roteiro: James Gunn. Elenco: Chris Pratt, Zoe

Saldana, Dave Bautista, Vin Diesel, Bradley Cooper, Kurt Russell. Estreia: 27 de abril.)

Vem, Guardiões! Um dos filmes mais aguardados de 2017, entre quaisquer dos gêneros do cinema, definitivamente, é a sequência do sucesso do Marvel Studios de 2014.

Com o segundo filme anunciado e confirmado antes mesmo da estreia do primeiro, os fãs vêm contando os segundos pra rever Peter Quill e seu squad de volta às telas de cinema.

Como sempre, não sabemos muito, porque o Marvel Studios não gosta muito de nos ajudar. Mas, até onde sabemos, o Vol. 2 vai retomar a história dos Guardiões exatamente de onde eles pararam no último filme. E vai desenrolar uma história fantástica: a busca do Senhor das Estrelas pelo seu pai, uma entidade cósmica raríssima.

E quem é essa entidade? Ego, O Planeta Vivo! O lendário personagem dos quadrinhos da Marvel será o pai de Peter Quill no Universo Cinematográfico da Marvel.

E olha, quase não saiu: o personagem pertencia ao universo dos X-Men. O Marvel Studios fez um acordo com a Fox, dona dos direitos cinematográficos dos mutantes, para pegar Ego de volta, e cedeu a possibilidade de troca dos poderes da Míssil Adolescente Negasônico, que apareceu em Deadpool.

Nas telas do cinema, quem vai dar vida à forma humanóide do Planeta Vivo é Kurt Russell, conhecido por seus papéis cult.

Todo o elenco do primeiro filme (incluindo, além dos Guardiões, Michael Rooker como Yondu, e Karen Gillian como Nebula) marcará presença no Vol. 2, tendo algumas adições (além de Russell): Pom Klementieff interpretará Mantis, uma personagem muito ligada a Ego, e Elizabeth Debicki será Ayesha, uma rainha que pedirá um tipo de “ajuda” aos Guardiões, até então desconhecida.

Já temos o primeiro trailer do filme, que trouxe muito humor, muita ação, um show de efeitos visuais, e tudo o que o primeiro filme teve (e que eles, com certeza, tentarão replicar aqui). Mas, acima de tudo, tem uma novidade que vêm agradando todo mundo desde o primeiro material revelado: não teremos Groot nesse filme. Teremos BABY GROOT! Ele é uma graça! Ele tá demais! E ele vai roubar a cena desse filme, com certeza!

O QUE PODE DAR CERTO:

São os Guardiões da Galáxia. E é o Marvel Studios. Não é facilmente visível um cenário onde essa combinação daria errado. O diretor e roteirista James Gunn, que esteve nessas cadeiras no primeiro filme, continua nesse posto no Vol. 2. Ele entende a necessidade do público, e saca exatamente o que fazer com os Guardiões.

O excelente entrosamento do elenco, contando, além de Chris Pratt como Peter Quill, com Zoe Saldana como a badass Gamora e com Dave Bautista como o sem noção Drax, só tem a ganhar com a chegada de Kurt Russell. E a trilha sonora promete continuar sensacional. Só pelo trailer, que foi regido por Fox On The Run, da banda Sweet, já podemos afirmar isso.

O QUE PODE DAR ERRADO:

Quando o primeiro filme é sensacional, o que a gente espera da sequência? Que seja tão boa quanto o primeiro. Podemos chamar isso de “expectativa”. E ela é péssima. Impede que a gente considere a hipótese de que pode dar alguma coisa errada, mesmo que a gente não espere que isso aconteça. E os Guardiões da Galáxia estão com altas expectativas para a sua segunda aventura.

A confiança no sucesso do primeiro pode, talvez, atrapalhar a produção do segundo filme, afetando o resultado simplesmente por terem voado alto demais. Acham exagero? Vejam o que a expectativa fez com Esquadrão Suicida.

MULHER MARAVILHA

(Wonder Woman, 2017. Direção: Patty Jenkins. Roteiro: Allan Heinberg, Geoff Johns e Patty Jenkins. Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Connie Nielsen, Robin Wright, Lucy Davis, Danny Huston. Estreia: 1º de junho.)

Esse filme é mais importante do que muita gente imagina.

Na fase que estamos passando, de uma revolução feminista pela igualdade dos gêneros, um filme da primeira e maior heroína de todos os tempos é uma das coisas mais relevantes de 2017. Não só para os filmes de super-heróis, mas também, para a sociedade em si.

Com tudo o que sabemos, Diana Prince, uma Amazona da ilha de Themyschira, sairá da sua zona de conforto para lutar pela Terra e pela humanidade, após Steve Trevor avisá-la de que uma guerra mundial está acontecendo fora da ilha. Com isso, ela deixará de ser uma Amazona para se tornar a mulher mais poderosa do mundo.

O primeiro filme solo da Mulher Maravilha vem contando com vários elementos para ajudar na sua missão grandiosa de mostrar ao mundo o girl power na versão super-heroína.

A diretora, Patty Jenkins, é uma veterana conhecida por dirigir o aclamado Monster: Desejo Assassino, que, inclusive, rendeu o Oscar de melhor atriz à Charlize Theron. O filme não poderia estar em mãos mais seguras.

Steve Trevor, que irá ajudar a desencadear todo o enredo do filme, será interpretado por Chris Pine, que, supostamente, teria recusado o papel de Hal Jordan no Universo Expandido da DC para interpretar o soldado americano que ajudará Diana na sua missão. Para recusar o papel de um dos Lanternas Verdes mais importantes de todos, Steve Trevor deve ser bem relevante mesmo.

Além desses dois nomes, temos Connie Nielsen e Robin Wright na ilha das Amazonas, interpretando, respectivamente, a rainha Hipólita (mãe de Diana) e a general Antíope (tia da heroína), trazendo peso para o elenco do filme. Sem falar que temos o excelente Danny Huston na produção, em um papel ainda não revelado. Todavia, já especulam, por imagens reveladas nos trailers, que ele será Ares, o deus da guerra (que já foi confirmado como o vilão do filme).

E falando em material revelado: que imagens do filme, hein? Já vimos câmera em slow-motion, efeitos visuais de qualidade, cenas de ação bem montadas, e muita, mas muita ênfase em tudo o que a Mulher Maravilha é capaz de fazer (e fará).

O QUE PODE DAR CERTO:

O próprio material de divulgação já fala por mim. Poder. Elegância. Sabedoria. Maravilha. O filme promete elevar o girl power no mundo dos super-heróis ao extremo, com empoderamento feminino e tudo mais que elas têm direito. Gal Gadot, que já mostrou em Batman Vs Superman: A Origem da Justiça a que veio, certamente irá garantir que esse girl power esteja presente.

A direção de Jenkins também traz pontos positivos, pela experiência dela em lidar com figuras femininas e extremamente importantes. Sem contar que, esse será o quarto filme do DCEU. Podemos esperar altas ligações ao resto do Universo Expandido aqui, nos levando ao próximo filme da DC (sobre o qual falaremos em breve).

O QUE PODE DAR ERRADO:

Estamos falando de DC aqui. Já tivemos três filmes do DCEU, e todos os três decepcionaram os fãs e a crítica em geral. O que a gente sabe, é que a DC está tentando recuperar o tempo perdido em relação à rival Marvel. Mas ela está colocando a carroça em frente aos bois, e comprometendo todo seu investimento no seu Universo Expandido, bem como todas as expectativas dos fãs em relação aos seus heróis.

Do jeito que já vimos, com trailers empolgantes, elenco estelar, mas um filme que não chega ao que foi vendido, não seria surpreendente se eles fizessem isso mais uma vez com a Mulher Maravilha. Tomara que não façam. Mas não seria surpreendente.

HOMEM-ARANHA: DE VOLTA AO LAR

(Spider-Man: Homecoming, 2017. Direção: Jon Watts. Roteiro: Jonathan M. Goldstein & John Francis Daley, Jon Watts & Christopher Ford e Chris McKenna & Erik Sommers. Elenco: Tom Holland, Michael Keaton, Jacob Batalon, Zendaya, Marisa Tomei, Robert Downey, Jr. Estreia: 6 de julho.)

Desde 2002 nos cinemas, depois de várias tentativas fracassadas, a Sony, finalmente, chegou a um acordo com o Marvel Studios, e o Homem-Aranha “voltou para casa” em 2015, sendo incluído, agora, no Universo Cinematográfico da Marvel. Em 2016, ele já fez sua estreia em Capitão América: Guerra Civil, arrasando o quarteirão desde a sua primeira aparição nos trailers. Em 2017, ele finalmente fará sua estreia solo nos cinemas, agora dentro do MCU, em Homem-Aranha: De Volta Ao Lar.

O sucesso estrondoso, em grande parte, se deve ao seu novo intérprete, Tom Holland. Carismático, engraçado, empolgado, e o mais importante, jovem, Holland deu uma nova cara ao Cabeça de Teia, tornando-o ainda mais fiel ao visual dos quadrinhos, e, claro, aumentando as expectativas para o filme solo.

Neste filme, Peter Parker volta pro Queens após os eventos da Guerra Civil, tentando voltar à vida normal, mas, obviamente, ele não consegue. Principalmente com a mentoria de Tony Stark e com o aparecimento de novos vilões.

O nome escolhido para dirigir o retorno do Aranha à Casa das Ideias foi Jon Watts, que já dirigiu o elogiado A Viatura, e que prometeu dar ao filme uma pegada de Clube dos Cinco. O elenco chegou até a fazer uma foto, no estilo da capa do clássico cult.

Falando em elenco, foram selecionados vários jovens atores, alguns com caras relativamente novas, para compor os colegas de escola de Peter Parker. Entre eles, os nomes novos de Jacob Batalon e Laura Harrier, e os não tão novos de Zendaya e Tony Revolori.

Mas os nomes que realmente pesam são os de Marisa Tomei, Michael Keaton e Robert Downey Jr.

Tomei é a nova May Parker (nova mesmo), e promete novos ares à clássica tia de Peter. Keaton interpretará a primeira versão cinematográfica de Adrian Toomes, mais conhecido como o clássico vilão do Aranha, o Abutre. E, tenho que dizer, Keaton parece bem ameaçador. E Downey, Jr. será Tony Stark novamente, atuando como mentor de Parker, e até entrando em ação como o Homem de Ferro, como já mostrou o trailer.

O QUE PODE DAR CERTO:

Efeitos visuais de primeira. Uniforme com teias, fiel aos quadrinhos. Realidade de um super-herói adolescente. Antes, o Homem-Aranha parecia perdido nas mãos da Sony. Agora, junto às mãos do Marvel Studios, tudo pode dar certo.

Com um diretor como Watts, Holland no papel principal, Keaton de vilão e Downey, Jr. de mentor, as coisas finalmente podem dar certo de vez para o Cabeça de Teia. Principalmente ao considerarmos que, dessa vez, ele tem todo um universo de heróis para apoiá-lo.

O QUE PODE DAR ERRADO:

Além da Sony poder querer complicar o meio de campo pro Marvel Studios? Além de uma possível super dependência do Tony Stark como sustentação do filme, como os trailers deram a entender? Tudo isso é possível. Mas, mesmo com isso, esse é o filme menos provável de dar errado nessa lista, levando em conta todos os fatores favoráveis para o seu sucesso.

Ainda assim, ficaremos de olho. Depois dos acontecimentos de 2016, não é muito bom criar expectativas. Preciso lembrar de Esquadrão Suicida?

THOR: RAGNAROK

(Thor: Ragnarok, 2017. Direção: Taika Waititi. Roteiro: Stephany Folsom. Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Idris Elba, Anthony Hopkins, Cate Blanchett, Mark Ruffalo. Estreia: 2 de novembro.)

Thor: Ragnarok não é somente o último filme do Marvel Studios a ser lançado em 2017, mas também marca 2017 como o primeiro ano com mais de dois lançamentos do estúdio.

Além disso, é o filme mais misterioso da nossa lista: todas as informações que temos do terceiro filme do Deus do Trovão são vagas, não nos dizem exatamente o que vai acontecer. O Marvel Studios está fazendo questão de manter o projeto o mais secreto possível. Só sabemos, na verdade, que “Ragnarok” significa “o fim de todos os planetas”. Parece tenebroso.

Ainda assim, temos muita coisa pra falar desse filme.

Na terceira aventura do Thor, temos um novo diretor, o que não surpreende: de todas as franquias do Marvel Studios, essa é a que mais variou de diretores, tendo um diferente a cada filme. Depois de Kenneth Branagh e Alan Taylor, o comandante da vez é Taika Waititi, que é mais conhecido por filmes independentes e de pouca visibilidade. Thor: Ragnarok é seu primeiro grande filme em Hollywood.

A parada boa desse filme, dentre tudo o que a gente sabe do filme, está no elenco: além de ter mantido aqui atores consagrados da franquia, Ragnarok terá grandes adições de elenco, e o melhor, terá a participação de personagens já recorrentes do Universo Compartilhado da Marvel.

Dos veteranos da franquia: Idris Elba, Anthony Hopkins e Tom Hiddleston, que interpretam, respectivamente, Heimdall, Odin e Loki, estarão de volta. Heimdall é importante por si só, por ser o guardião da ponte que liga Asgard, o reino nórdico, ao resto do universo. Odin e Loki são mais peculiares. Desde o final de Thor: O Mundo Sombrio, Odin está desaparecido, e Loki, que havia forjado sua morte, estava no lugar dele. Mas, depois de termos visto imagens de Thor e Loki juntos no set de Ragnarok, podemos supor que Thor já sabe de toda a farsa do irmão. E Odin? OK, voltaremos a isso depois.

Dos novatos: Tessa Thompson, Karl Urban, Jeff Goldblum e Cate FUCKING Blanchett entram para o MCU, através do Ragnarok. Eles serão, respectivamente, Valquíria, o Executor, o Grão-Mestre, e a vilã Hela. Aqui, não sabemos de muita coisa, mas já foi confirmado que Thompson e Blanchett não encerrarão suas participações no MCU em Thor: Ragnarok.

E o mais importante: Mark Ruffalo e Benedict Cumberbatch também estarão nesse filme!

Bruce Banner, o alter ego do incrível Hulk, já tinha sido confirmado há tempos, quando avistaram Ruffalo no set de Ragnarok. A participação dele ficou ainda melhor quando anunciaram que a presença dele é justificada pela adaptação aos cinemas do Planeta Hulk, uma das sagas mais famosas do Gigante Esmeralda.

Mas Stephen Strange foi uma surpresa: apesar de já termos visto Chris Hemsworth no set segurando o cartão com o endereço do Sanctum Sanctorum, só tivemos a confirmação da presença de Cumberbatch em Ragnarok com a cena pós-créditos do filme solo do Doutor Estranho, em 2016. E essa cena entregou mais que isso: Thor acaba revelando que está na Terra junto com Loki, procurando por Odin (eu disse que voltaríamos até ele). Ou seja: Loki, apesar de estar no lugar do Pai de Todos, não faz ideia de onde ele se encontra. E Strange, que quer ver as ameaças à Terra fora do planeta, vai acabar ajudando os dois asgardianos a procurar Odin, marcando, assim, a presença do Mago Supremo nesta aventura.

O QUE PODE DAR CERTO:

Thor, Hulk e Doutor Estranho juntos. Nunca vimos uma combinação de heróis assim, em um filme solo de um deles. A ideia parece promissora, e as presenças deles são justificáveis, o que aumenta a possibilidade de isso realmente dar certo. Além deles, Ragnarok trará novas adições de peso ao MCU, que prometem valorizar ainda mais o universo do Marvel Studios, que já tem um elenco bem recheado de talentos. E o novo diretor, Taika Waititi, promete dar em Ragnarok uma pegada completamente diferente daquela que vimos nos dois filmes anteriores do Thor, elevando a moral da franquia do Deus do Trovão.

O QUE PODE DAR ERRADO:

Apesar de ter trazido Loki, o vilão mais ameaçador de todos já apresentados nos filmes do MCU, a franquia do Thor é a mais fraca do Marvel Studios, levando em consideração a adaptação do herói principal (que não é muito fiel, principalmente nos poderes) e os enredos (bem fracos), sem nos esquecermos de que também trouxeram ao MCU o vilão mais fraco de todos, Malekith. Mesmo que, dessa vez, tenhamos um elenco forte, diretor novo, roteirista nova, e uma história que, mesmo não revelada, parece bem elaborada, o histórico ruim dos filmes do Deus do Trovão não nos fazem deixar de ficar com um pé atrás.

LIGA DA JUSTIÇA

(Justice League, 2017. Direção: Zack Snyder. Roteiro: Chris Terrio. Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Gal Gadot, Jason Momoa, Ezra Miller, Ray Fisher. Estreia: 16 de novembro.)

OK, os três últimos filmes do Universo Expandido da DC não entregaram o que venderam. OK, a DC tá pisando na bola com a gente. Leva-se tudo isso em consideração. Mas, se você é um verdadeiro fã de heróis dos quadrinhos, vai concordar comigo: a gente tá esperando por esse filme há MUITO tempo.

Depois de vários projetos mal sucedidos, finalmente a reunião do supergrupo de titãs da DC vai sair do papel: a Liga da Justiça. E ela vem estrondosa.

A formação do primeiro encontro de toda a turma do fundão contará com o Batman (cumprindo a função de líder e recrutador), a Mulher Maravilha, o Flash, o Aquaman e o Ciborgue. E o Superman?

Bom, como todos (que até aqui estão lendo) sabem, o Superman se sacrificou pra matar o Apocalipse na batalha final de Batman Vs Superman: A Origem da Justiça. Mas, como ninguém nas HQs morre, e como estamos falando de uma adaptação da famosa saga A Morte do Superman, o Homem de Aço vai voltar. Ao final de BvS, ele já deu dicas sobre seu retorno. Mas, de fato, sua “ressurreição” deve acontecer na Liga da Justiça.

Já tivemos até trailer, lançado na San Diego Comic Con de 2016. Apesar de mostrar pouco de Victor Stone/Ciborgue, interpretado por Ray Fisher, e de não entregar nada de Henry Cavill como Clark Kent, a DC levou os fãs às alturas, ao mostrar o lado rebelde de Jason Momoa como Arthur Curry/Aquaman, e de mostrar Barry Allen/Flash, trazido às telas por Ezra Miller, utilizando a Força da Aceleração. Além de, claro, mostrar o retorno de Ben Affleck e Gal Gadot como, respectivamente, Bruce Wayne e Diana Prince.

Nesse filme, Darkseid buscará recuperar as poderosas Caixas Maternas, e seu tio, Lobo da Estepe, virá à Terra para recuperá-las. Caberá a Bruce Wayne e Diana Prince recrutar toda a equipe de meta-humanos, e contar com a ajuda de Superman, para impedir que o Lobo da Estepe coloque as mãos nas Caixas.

Heróis à parte, o resto do elenco também tem muita bagagem: além de Amy Adams, Jesse Eisenberg, Jeremy Irons, Diane Lane e Connie Nielsen, reprisando os papeis de filmes anteriores do DCEU, teremos várias estreias: Willem Dafoe dará vida a Nuidis Vulko, Ciarán Hinds fará o Lobo da Estepe, Kiersey Clemons será Iris West, Amber Heard fará a rainha Mera, e J. K. Simmons será o lendário comissário Gordon.

Mas os fãs não estão esperando só a reunião: eles querem saber o que esse filme vai fazer pro futuro do DCEU. Em 2018, os filmes solo do Flash e do Aquaman darão continuidade ao Universo Expandido. E como teremos Iris West (par romântico do Velocista) e Mera (rainha e esposa do Rei dos Mares) no filme da Liga da Justiça, esse filme provavelmente irá ligar todos os pontos. E pra melhorar, já confirmaram que o primeiro Lanterna Verde, da Tropa, aparecerá no filme, ligando o projeto ao filme solo da Tropa dos Lanternas Verdes, em 2020.

O QUE PODE DAR CERTO:

Todo mundo quer ver a reunião dos maiores titãs da Terra, há muito tempo. Zack Snyder, o diretor, sabe disso. E, dos três primeiros filmes do DCEU, dois são dele. Ele já sabe o quanto errou, e já sabe que, nesse, ele não pode errar. Além disso, teremos mais heróis em cena, como o Flash e o Aquaman, que já mostraram, em alguns momentos do Universo Expandido e no trailer da Liga, que têm intérpretes bons, e que vão deixar sua marca.

Com um bom elenco coadjuvante (incluindo J. K. Simmons de Gordon) e um bom ponto de partida para a reunião, o filme deve consolidar a boa fase do DCEU (que, se tudo der certo, começará nas mãos da Mulher Maravilha em junho).

O QUE PODE DAR ERRADO:

Acabei de falar o nome dele: Zack Snyder. O Homem de Aço não foi o primeiro filme onde ele pisou na bola, e as chances de ele não fazer um bom filme, mais uma vez, são grandes, como sempre. Ver outro filme mediano dele não seria uma surpresa. Se

isso acontecer com a Liga da Justiça, não digam que eu não avisei. E não se esqueçam que ele não está sozinho: a DC também está nesse barco, e também é responsável por afundá-lo. Assim como ela pode complicar a produção do filme da Mulher Maravilha, ela também pode interferir na Liga da Justiça, que, mesmo já estando em mãos arriscadas, como as de Snyder, ainda sofrerá as consequências dessa má administração da DC para com os seus filmes. Mas, pensamento positivo, vai dar tudo certo.

Bom, agora que já temos tudo exposto, do que pode acontecer em todos os filmes de super-heróis do ano, só nos resta uma opção: aguardar ansiosamente pelo o que o futuro nos reserva.

E, é claro, torcer pra que tudo dê certo, e pra que a gente não se decepcione mais.

Mesmo assim, só o fato de estarmos na ansiedade por mais seis filmes baseados nos quadrinhos em 2017, já vale a pena.

E pra quem não é fã de super-heróis: ainda dá tempo.

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Um ajudante de super-herói perdido em Tatooine, com várias pedras de metanfetamina.

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